Problema neurológico, emocional e comportamental em Duchenne

Estudo científico sobre problemas neurológicos, emocionais e comportamentais em portadores de distrofia muscular de Duchenne (DMD), realizado na Europa, em 2015 – “Neurodevelopmental, emotional, and behavioural problems in Duchenne muscular dystrophy in relation to underlying dystrophin gene mutations” -, com 130 meninos com Duchenne, de idades entre 5 e 17 anos, relatou que, no geral, a inteligência foi abaixo da média da população, com deficiência intelectual observado em 26%.

Transtorno de espectro autista foi identificado em 21%, hiperatividade em 24% e desatenção em 44%. Foram observados níveis clínicos de internalização e externalização de problemas em 24% e 15%, respectivamente.

Mais de um terço dos meninos mostrou mais de duas medidas de problemas emocionais, comportamentais ou de desenvolvimento neurológico.

Os meninos com mutações na 3a extremidade do gene da DMD, afetando todas as isoformas da proteína, tiveram maiores taxas de deficiência intelectual e conjuntos de sintomas.

A interpretação desses dados pelos pesquisadores europeus (Valeria Ricotti, William P. L. Mandy, Mariacristina Scoto, Marika Pane, Nicolas Deconinck, Sonia Messina, Eugenio Mercuri, David H. Skuse e Francesco Muntoni) permite concluir, de acordo com eles, que os portadores de DMD estão em risco muito elevado de distúrbios neuropsiquiátricos, e este risco parece aumentar com as mutações na 3a extremidade do gene.

Além disso, padrões de conjuntos de sintomas sugerem, também conforme os pesquisadores, uma síndrome neuropsiquiátrica da distrofia muscular de Duchenne, que pode exigir pronta avaliação e intervenção precoce.

Bom, desses sintomas expostos aí em cima, creio que me enquadro em desatenção e externalização de problemas. Inclusive, tomo a liberdade de acrescentar um sintoma, o qual me aflige muitíssimo: dificuldade para assimilar e reter informação na memória. Tanto é que para eu terminar o supletivo à distância, eu demorei 1,5 ano para o primeiro grau e mais 1,5 ano para o segundo, sendo que a maioria dos alunos terminava em seis meses cada grau.

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